Categorias
arte teatro

A Cynthia e uma figura

A TV Cultura volta a exibir a série Figuras da Dança com documentários inéditos: Célia Gouvêa e Ana Botafogo.

Na noite de 29, madrugada 30 de outubro, à 0h15, exibe-se o filme sobre Célia Gouvêa; Ana Botafogo é o tema da noite de sábado, 5 de novembro. Nas semanas seguintes, a programação continua com reprises dos documentários de 2010: Angel Vianna (12 de novembro), Carlos Moraes (19 de novembro), Márcia Haydée (26 de novembro), Décio Otero (3 de dezembro) e Sônia Mota (10 de dezembro).

Esta última é o tema escolhido por Cynthia Domenico, mais uma convidada a apresentar sua colaboração para o Alegoria Digital. Ela é uma “figura”, sem dúvida, mas também artista da dança.

*

Meu caro amigo Ernane convidou-me a participar de seu blog com um post. Ele me emprestou a coleção de DVDs Figuras da Dança, uma realização do Governo do Estado de São Paulo e da São Paulo Companhia de Dança como estímulo criativo.

O projeto apresenta personalidades da dança brasileira, partindo de depoimentos públicos e registros fotográficos e videográficos que nos permitem visualizar a trajetória narrada.
Entre as figuras apresentadas, escolhi a artista Sônia Mota, honestamente falando, sem mais nem por quê.
Após assistir ao programa fiquei encantada por essa mulher visionária e corajosa, que desenvolveu uma técnica autoral que chamou de Arte da Presença e dedicou sua vida a investigar e transformar a linguagem da dança.
Sônia Mota afirma que a maior escola da dança é a vida, e que o verdadeiro artista usa a escola para descobrir os meios pelos quais ele pode criar. Ela afirma ainda que todo mundo pode dançar, mas nem todo mundo pode ser artista. Como artista, ela própria cria pela necessidade que a vida lhe traz, e encontra na dança as cores do mundo que ela não consegue achar no cotidiano acinzentado.
Fica aqui uma dica: vale a pena conhecer essa artista, quiçá essa coleção!
E mais sobre a Sônia você pode encontrar nestes links:
http://soniamotadancas.com/
http://www.spdance.com.br/sonia/
Categorias
arte teatro

Lição de casa: Mariana Muniz

Cena de Penetráveis, da Cia. Mariana Muniz (Bárbara Faustino no primeiro plano)

Fui ver Penetráveis, trabalho atual de Mariana Muniz e sua trupe.
Com ou sem conhecimento de Helio Oiticica (inspirador da obra, citado explicitamente), o espetáculo requer que  deixemos um pouco de lado a razão na hora da fruição. Isso foi difícil para este espectador, pois o jogo metalinguístico é uma armadilha (a protagonista brinca com “jogar o jogo de fingir que não está jogando”).
Temos então uma primeira parte de brinquedo disfarçado de jogo: a loucura, a não razão denunciam a razão.
Formalmente, a apresentação brasileiríssima nada tem de óbvio ou clichê.
Esse processo serve como construção do momento posterior, clímax da peça: uma franca retomada do parangolé de Oiticica. Com tudo aquilo que veio antes, a brincadeira final ganha coesão; nossos olhos já estão prontos para a exuberância do samba, da fantasia, do confete.
O fato de a apresentação acontecer às vésperas do Carnaval enriquece a experiência.

*
Acabo de adquirir uma cópia do delicioso Dicionário do brasileiro de bolso, de Teixeira Coelho. Ele pode nos dar a conclusão deste texto em seu verbete “carnavalização”: “Foi preciso um russo, Mikhail Bakhtin, consagrar essa palavra para que ela fosse aceita, reivindicada, usada e abusada como categoria estética e sociológica no país do carnaval”.

Categorias
arte cinema

Ponta no filme da Cynthia

Sozinhos entre fatias foi apresentado em “première para amigos” ontem. O curta-metragem protagonizado pela Cynthia Domenico, este sim, não tem medo de metáfora. É uma grande vantagem da bailarina ao contar uma história: o objeto, o cenário, o mínimo movimento ganham importância.
Tenho orgulho de ser figurante nesse trabalho.

Produção de "Sozinhos entre fatias"
Categorias
arte teatro

Quero ver Mariana Muniz

Eu deveria ter visto essa produção antes, mas felizmente há mais chances. Tenho orgulho de ter estudado um pouco de dança com Mariana Muniz. Agora a Mestra dos Objetos volta a Oiticica.

Cono a companhia define o espetáculo:

Com PENETRÁVEIS, a Cia. Mariana Muniz se propõe dar continuidade à pesquisa de linguagem em arte/dança contemporânea, inspirada nos caminhos trilhados pelo artista plástico brasileiro Hélio Oiticica (1937-1980). Movida pela idéia de que a dança é um modo de produção de conhecimento, e apostando na dança como “criação pelo ato corporal expressivo, que se transforma sem cessar”, de acordo com as palavras do próprio Hélio.
Atuamos sob a ótica dos penetráveis de HO, que apontam para novas regiões do fazer artístico, partindo de uma pesquisa intrinsecamente construtivista e voltada para a autonomia da forma e para sua integração em uma nova totalidade; queremos chegar ao espaço plástico da rua, dos teatros e das galerias. E, de modo revitalizado e orgânico, tornar concretas nossas idéias, fincando pé num terreno/terreiro, cuja premissa essencial é a criação de novas condições de experiência do real e de modos de estar no mundo.
Mais em http://www.marianamuniz.ato.br/agenda.html

Apresentações:
16 de fevereiro de 2011 às 11h
TEATRO ANHEMBI MORUMBI
Rua Dr. Almeida Lima, 1134 – Brás – tel. (11) 2790-4500
Duração: 50 minutos – Grátis
Livre / 120 lugares – Acesso para deficientes

17, 18 e 19 de fevereiro de 2011 às 20h30, e 20 de fevereiro de 2011 às 19h
GALERIA VERMELHO
Rua Minas Gerais, 350 – Consolação – tel. (11) 3138-1520
Duração: 50 minutos – Grátis
Livre / 120 lugares – Acesso para deficientes

Lançamento do CD com a Trilha do Espetáculo:
17 de fevereiro de 2011 às 21h30
GALERIA VERMELHO
Rua Minas Gerais, 350 – Consolação – tel. (11) 3138-1520